Dia Internacional da Mulher: “Ser a nossa consciência coletiva marcada por um veemente repúdio de qualquer forma de sujeição das mulheres é um facto valiosíssimo”
“Há cem anos apenas, à metade feminina da humanidade estava reservado um segundo lugar na vida privada e lugar nenhum na vida pública. O facto de, cem anos depois, a nossa consciência coletiva ser marcada por um veemente repúdio de qualquer forma de sujeição das mulheres não é um facto valioso – é um facto valiosíssimo. Precisamos, portanto, de ser especialmente cuidadosos na forma como protegemos este valor – de tão intensa dimensão, e de tão recente aquisição”, sublinha a Provedora de Justiça neste Dia Internacional da Mulher.
“O fechamento da questão feminina em discursos identitários não conduz à razão pela qual valoramos o caminho que fizemos. Fizemo-lo para ser melhores enquanto espécie. Não o fizemos para agudizar a dimensão conflitual, agónica, da nossa já tão conturbada condição”, acrescenta.
Maria Lúcia Amaral está hoje ao lado de outras mulheres que trabalham na justiça, domínio ainda há bem pouco vedado ao feminino, em “Sophia Mulher Poesia”, evento promovido pelo presidente do Tribunal da Relação do Porto. A Procuradora Geral da República, Lucília Gago, e a vice-presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maria dos Prazeres Beleza, estarão igualmente presentes na sessão que vai homenagear Sophia de Mello Andresen, cujo centenário se celebra neste ano.
Ainda no contexto do Dia Internacional da Mulher, a Provedora-Adjunta, Teresa Anjinho, participa na cerimónia organizada pela Polícia de Segurança Pública, e na conferência “Women in Business Friendly Companies Award 2nd edition – Que empresas queremos no Sec. XXI?” que tem lugar no Auditório do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia.